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100. Um Domínio Simples.Como configurar um domínio próprio.
100.1 Mas primeiro um pouco de teoriaAntes de realmente começarmos esta seção, forneceremos alguns ensinamentos sobre o funcionamento do DNS; é preciso lê-los porque é fundamental para um administrador de rede. Caso não se queira, deve-se pelo menos pesquisá-los rapidamente, até chegar aonde se quer ir no arquivo
DNS é uma sistema hierárquico. O mais alto nível é representado por ` Ao se procurar uma máquina, a pesquisa ocorre recursivamente dentro da hierarquia, começando no topo. Caso se queira descobrir o endereço de
Começaremos perguntando por um servidor raiz:
A seguir definiremos o tipo de pesquisa que desejamos fazer. Neste caso NS (registros de servidores de nomes):
A seguir perguntaremos pelos servidores que respondem pelo domínio edu:
O ponto após edu é significativo. Ele indica ao servidor que estamos pesquisando os servidores sob os quais o domínio edu está configurado (isto de alguma maneira simplifica a busca):
A resposta nos indica que
A resposta indica que
Os nomes das máquinas não são sensíveis a maiúsculas e minúsculas, mas sugerimos o uso do mouse para cortar e colar como estão na tela.
Desta forma, obtemos que
Agora mudaremos o tipo de pergunta. Já que encontramos o servidor de nomes, agora podemos perguntar tudo o que quisermos sobre
Assim começando por
Um tema muito menos comentado, mas também muito importante é
Acabamos de contar uma mentira. O DNS não funciona exatamente da maneira aqui descrita. Mas não tenha dúvida que é muito próximo disso.
100.2 Nosso Próprio DomínioAgora vamos definir nosso próprio campo. Vamos criar o domínio linux.bogus e definir suas máquinas. Usaremos o nome de domínio bogus para estarmos certos de não estarmos perturbando ninguém.
Mais uma coisa antes de começarmos: nem todos os caracteres são permitidos nos nomes das máquinas. Estamos limitados ao caracteres do alfabeto: a-z e ao números: 0-9, além do caracter '-' (hífen). Devemos nos restringir àqueles caracteres. Os caracteres maiúsculos e minúsculos são idênticos para o DNS, assim
Começaremos esta parte com uma linha em
zone "0.0.127.in-addr.arpa" {
type master;
file "pz/127.0.0";
};
Por favor note a falta de `
@ IN SOA ns.linux.bogus.hostmaster.linux.bogus. (
1 ; Serial
8H ; Atualização
2H ; Tentativas
1W ; Expiração
1D) ; TTL mínimo
NS ns.linux.bogus.
1 PTR localhost
Por favor note o `
Este `arquivo de zona ' contém 3 `registros de recursos' (RRs): SOA, NS e um PTR. SOA é a contração para Início de Autoridade. O `@' é uma observação especial que significa origem e desde que a coluna do campo para este arquivo diz 0.0.127.in-addr.arpa, a primeira linha realmente quer dizer
NS é o nome do servidor RR. Não há '@' no início desta linha, está implícito desde que a última linha começou com o caracter '@'. Economiza-se assim alguma digitação e a possibilidade de cometer algum erro. Assim na linha NS se lê
Indicando ao DNS que a máquina é o servidor de nomes do domínio E finalmente o registro PTR diz que a máquina no endereço 1 na subrede
O registro SOA é o preâmbulo para todos os arquivos de zona e deve haver exatamente um em cada arquivo de zona, devendo necessariamente ser o primeiro registro. Ele descreve a zona, sua origem (uma máquina servidor de nomes
Agora reinicializaremos o servidor de nomes (através do comando
observamos então que é possível chegar a
zone "linux.bogus" {
notify no;
type master;
file "pz/linux.bogus";
};
Note-se a ausência de `
No arquivo de zona do domínio linux.bogus colocaremos alguns dados totalmente inventados:
;
; Arquivo zona para linux.bogus
;
; O arquivo completo de zone
;
@ IN SOA ns.linux.bogus. hostmaster.linux.bogus. (
199802151 ; serial, data de hoje + serial de hoje #
8H ; Atualização, segundos
2H ; Tentativa, segundos
1W ; Expiração, segundos
1D ) ; TTL, segundos
;
NS ns ; Endereço Internet do nome do servidor
MX 10 mail.linux.bogus ; Servidor de Correio Primário MX 20 mail.friend.bogus. ; Servidor de Correio Secundário
;
localhost A 127.0.0.1
ns A 192.168.196.2
mail A 192.168.196.4
Dois aspectos devem ser observados sobre o registro SOA. ns.linux.bogus deve ser uma máquina real com um registro A. Não é permitido ter um registro CNAME para a máquina mencionada no registro SOA. O nome não precisa ser 'ns', pode ser qualquer nome de máquina válido. Em seguida, a hostmaster.linux.bogus deve ser lido como hostmaster@linux.bogus, o qual deve ser um nome alternativo de correio, ou caixa postal, acessado pela(s) pessoa(s) que mantém o DNS e leiam a correspondência freqüentemente. Qualquer correspondência relativa ao domínio será enviada para o endereço relacionado aqui. O nome não precisa ser 'hostmaster', pode ser qualquer endereço e-mail válido, mas espera-se que o endereço e-mail 'hostmaster' funcione bem.
Há um novo tipo RR neste arquivo, o MX, ou registro de recurso de servidor de correio. Este arquivo diz aos sistemas de correspondência para onde enviar a correspondência endereçada para
Ao se reiniciar o servidor de nomes executando-se
Com um exame mais apurado pode-se descobrir um pequeno problema. A linha
deveria ser
Deliberadamente cometemos o erro para que o leitor aprenda com ele:-) Examinando o arquivo de zona, percebemos que na linha
está faltando um ponto. Ou seja há 'linux.bogus' demais. Caso um nome de máquina não seja seguido por um ponto num arquivo de zona, a origem será acrescentada ao final causando o duplo
MX 10 mail.linux.bogus. ; Servidor primário de correio
ou
MX 10 mail ; Servidor primário de correio
estão corretos. Particularmente, sugerimos a última forma, por ser mais econômica e menos sujeita a erros. Existem alguns bem conhecidos usuários de bind que discordam e outros que concordam com isto. Num arquivo de zona, o domínio pode tanto ser totalmente identificado e terminado com um `
Devemos salientar que em um arquivo named.conf não deve haver
`
Agora que já expressamos nosso ponto de vista. Estamos com o novo arquivo de zona e com informações extras:
;
; Arquivo de zona para linux.bogus
;
; O arquivo de zona completo
;
@ IN SOA ns.linux.bogus. hostmaster.linux.bogus. (
199802151 ; serial, data de hoje + serial de hoje #
8H ; Atualizar, segundos
2H ; Tentativas, segundos
1W ; Expiração, segundos
1D ) ; TTL, segundos
;
TXT "Linux.Bogus, os especialistas DNS "
NS ns ; Endereço Internet do servidor de nomes
NS ns.friend.bogus.
MX 10 mail ; Servidor de correio primário
MX 20 mail.friend.bogus. ; Servidor de correio secundário
localhost A 127.0.0.1
gw A 192.168.196.1
HINFO "Cisco" "IOS"
TXT "O roteador"
ns A 192.168.196.2
MX 10 mail
MX 20 mail.friend.bogus.
HINFO "Pentium" "Linux 2.0"
www CNAME ns
donald A 192.168.196.3
MX 10 mail
MX 20 mail.friend.bogus.
HINFO "i486" "Linux 2.0"
TXT "DEK"
correio A 192.168.196.4
MX 10 mail
MX 20 mail.friend.bogus.
HINFO "386sx" "Linux 2.2"
ftp A 192.168.196.5
MX 10 mail
MX 20 mail.friend.bogus.
HINFO "P6" "Linux 2.0.36"
Há diversos RRs novos: HINFO (INFOrmação da Máquina) tem duas partes, sendo aconselhável indicar os dois. A primeira parte é o hardware ou CPU da máquina, e a segunda parte é o software ou OS da máquina. O servidor de nomes 'ns' tem uma CPU Pentium e executa o Linux 2.0. CNAME (NOME Canônico) é uma maneira de dar a uma mesma máquina vários nomes. Assim www é um nome alternativo para o ns.
O uso do registro CNAME é um pouco controvertido. Mas é seguro seguir a regra onde um registro MX, CNAME ou SOA nunca deve referir-se a um registro CNAME , e devem referir-se somente a um registro A, sendo portanto incorreto ter-se:
itamaracabar CNAME www ; NÃO! o correto seria:
itamaracabar CNAME ns ; SIM!
É também seguro supor que um CNAME não é um nome de máquina válido para um endereço e-mail, por exemplo
www A 192.168.196.2
Um grande número de magos do DNS, sugerem que o CNAME não seja utilizado. Por isso, devemos considerar esta sugestão muito seriamente.
Mas como se pode perceber, este COMO FAZER e muitos sites não seguem esta regra.
É possível carregar o novo banco de dados executando-se
Isto significa que todos os registros devem ser apresentados. O resultado será:
Parece ótimo. Como se pode ver parece muito com o arquivo de zona. Vamos verificar o que ele diz para www:
Em outras palavras, o nome real de
Agora estamos no meio do caminho.
100.3 A zona reversaAgora os programas podem converter os nomes em linux.bogus para endereços com os quais eles podem se conectar. Porém é pedido também uma zona reversa, que torne o DNS capaz de converter um endereço em um nome. Este nome é usado por muitos servidores de espécies diferentes (FTP, IRC, WWW e outros) para decidir se eles querem conversar com a máquina local ou não, e em caso positivo, também qual a prioridade que deve ser dada a esta máquina. Para o acesso completo a todos os serviços da Internet, uma zona reversa é necessária.
Deve-se colocar o seguinte em
zone "196.168.192.in-addr.arpa" {
notify no;
type master;
file "pz/192.168.196";
};
Estes parâmetros são exatamente iguais para
@ IN SOA ns.linux.bogus. hostmaster.linux.bogus. (
199802151 ; Nro.Serial, data + nro. série
8H ; Atualizar
2H ; Tentativas
1W ; Expiração
1D) ; TTL mínimo
NS ns.linux.bogus.
1 PTR gw.linux.bogus.
2 PTR ns.linux.bogus.
3 PTR donald.linux.bogus.
4 PTR mail.linux.bogus.
5 PTR ftp.linux.bogus.
Agora ao reinicializar o servidor de nomes (
> 192.168.196.4 Server: localhost Address: 127.0.0.1 Name: mail.linux.bogus Address: 192.168.196.4
Então caso tudo pareça correto, vamos examinar todas as demais informações:
> ls -d 196.168.192.in-addr.arpa
[localhost]
$ORIGIN 196.168.192.in-addr.arpa.
@ 1D IN SOA ns.linux.bogus. hostmaster.linux.bogus. (
199802151 ; nro. serial
8H ; atualizar
2H ; tentativas
1W ; expiração
1D ) ; ttl mínimo
1D IN NS ns.linux.bogus.
1 1D IN PTR gw.linux.bogus.
2 1D IN PTR ns.linux.bogus.
3 1D IN PTR donald.linux.bogus.
4 1D IN PTR mail.linux.bogus.
5 1D IN PTR ftp.linux.bogus.
@ 1D IN SOA ns.linux.bogus. hostmaster.linux.bogus. (
199802151 ; nro. serial
8H ; atualizar
2H ; tentativas
1W ; expiração
1D ) ; ttl mínimo
Parece bom!
Há algumas coisas que devemos acrescentar. Os números IP usados nos exemplos acima foram tirados dos blocos de 'redes privadas', ou seja, eles não podem ser usados publicamente na Internet. Por isso eles são seguros para serem usados em um exemplo de um COMO FAZER. A segunda coisa é a linha
E claro, este domínio é totalmente inventado, assim como todos os endereços que estão nele. Para um exemplo real de um domínio real, veja a próxima seção.
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