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Primeiramente vamos configurar o teclado. Caso esta etapa não seja executada durante a instalação ou caso o teclado seja alterado, deve-se:
- escolher uma tabela de teclado adequada em /usr/lib/kbd/keytables/, como por exemplo,
it.map exclusivo do teclado italiano;
- editar o arquivo /etc/sysconfig/keyboard para o seguinte:
KEYTABLE="/usr/lib/kbd/keytables/it.map" ;
- para configurar o teclado deve-se repetir o índice e o tempo de espera, devendo-se acrescentar a seguinte linha ao /etc/rc.d/rc.sysinit ou, caso se utilize a distribuição Caldera, ao arquivo /etc/rc.d/rc.boot:
/sbin/kbdrate -s -r 16 -d 500
Na próxima reinicialização do sistema, o teclado deverá funcionar corretamente. Para evitar todo o processo de reinicializar o sistema para carregar somente a tabela de teclado, deve-se ir para /etc/rc.d/init.d e executar o comando ./keytable start .
Na minha opinião, a primeira coisa a se fazer na personalização de um sistema Linux é construir um kernel que melhor se adapte ao sistema disponível. É muito simples fazê-lo, mas de qualquer maneira, sugerimos a leitura atenta do arquivo README em /usr/src/linux/ ou do documento COMO FAZER Kernel.
Algumas sugestões:
- as necessidades devem ser cuidadosamente consideradas. A escolha de uma configuração de kernel, a aplicação das atualizações e a compilação são definitivamente mais produtivas que uma reconfiguração e recompilação a cada mês. Isto é especialmente verdadeiro se a máquina Linux for um servidor. Não se deve esquecer de incluir o suporte para todos os hardwares que possam ser acrescentados futuramente (por exemplo SCSI, Zip, placas de rede, etc.);
- se o PC é baseado em uma CPU Cyrix, devem ser aplicadas as atualizações apropriadas para melhorar o seu desempenho. Maiores informações podem ser encontradas em
http://www.linuxhq.com/patch/20-p0591.html ;
- usuários de portáteis podem melhorar o seu sistema de legibilidade da tela LCD aplicando a atualização que faz com que ela não pisque. A versão mais recente é chamada
noblink-X.X.tar.gz e está disponível em
ftp://metalab.unc.edu/pub/Linux/kernel/patches/console . O pacote deve ser instalado e acrescentado ao arquivo de /etc/profile, no formato da seguinte linha:
/usr/local/bin/cursor bgverde # ou outra cor
- os usuários de portáteis que planejem usar um modem/fax PCMCIA não devem compilar o suporte serial como um módulo, e sim compilá-lo no kernel, caso contrário o modem PCMCIA não funcionará;
- o Linux não acessará a placa de som a menos que ela seja adequadamente configurada. Na maioria dos casos é simples, mas é preciso habilitar todas as opções (não esquecendo dos arquivos /dev/dsp e /dev/sound);
- aquelas incômodas mensagens geradas pelo programa
modprobe , indicando que alguns módulos não podem ser localizados, significam que o arquivo /etc/conf.modules necessita de ajustes. Caso não se necessite dos módulos ipx e appletalk, devem ser acrescentadas as seguintes linhas:
alias net-pf-4 off
alias net-pf-5 off
- para economizar tempo da próxima vez que se configurar e recompilar o kernel é uma boa idéia salvar sua configuração num arquivo e guardá-lo num lugar seguro.
Em alguns sistemas o sendmail pode travar a máquina durante a inicialização.
Ajuste rápido:
Certifique-se que o arquivo /etc/hosts contém uma linha com o seguinte conteúdo:
127.0.0.1 localhost
Deve ser verificada também a Seção
Nome da Máquina.
O desempenho do disco rígido pode ser imensamente incrementado através do uso cuidadoso do hdparm (8). Caso a sua distribuição Linux não o inclua, ele pode ser encontrado em
ftp://metalab.unc.edu/pub/Linux/system/hardware onde se deve procurar por um arquivo chamado hdparm-X.Y.tar.gz.
Infelizmente não é possível fornecer uma receita geral, uma vez que muitos detalhes dependem das especificações do disco rígido e de sua controladora. Uma vez que há o risco de se perder o sistema de arquivos, por favor leia a página do manual cuidadosamente antes de usar algumas das opções daquele programa. A forma mais simples é acrescentar a seguinte linha ao arquivo /etc/rc.d/rc.sysinit:
/sbin/hdparm -c1 /dev/hda # assumido o primeiro dispositivo
a qual habilita o suporte (E)IDE 32 bits de entrada e saída. Quanto à opção `-m', o autor Mark Lord enviou-nos a seguinte mensagem:
(...) se seu sistema usa componentes desenvolvidos nos últimos dois anos (após 1996), tudo bem. Naqueles mais antigos, podem haver alguns problemas (improváveis). Os chips defeituosos são CMD0646 e RZ1000, usados "extensivamente" nos 486 e nas placas mãe dos (primeiros) 586 há cerca de 2 ou 3 anos atrás.
Para usar a versão de porta paralela do dispositivo Zip, pode-se executar o programa controlador de dispositivos padrão que vem com os kernels mais recentes (2.x.x). Durante a configuração do kernel, certifique-se que o suporte a SCSI e o suporte de disco SCSI estão habilitados (tanto no kernel como via módulo). Deve-se atentar que podem haver conflitos entre a impressora e o dispositivo Zip caso esteja na mesma porta paralela.
Os discos Zip são vendidos pré formatados como se fossem a partição /dev/sda4. Para habilitar a unidade Zip, devem ser executados os seguintes comandos:
#~ chmod 666 /dev/sda4 # todos podem acessar o dispositivo Zip
#~ insmod ppa
sendo que o Zip pode ser montado da forma usual (incluindo-se uma linha em /etc/rc.d/rc.sysinit). Pode-se também acessar o dispositivo Zip através do mtools , acrescentando a seguinte linha ao arquivo /etc/mtools.conf:
drive z: file="/dev/sda4" exclusive
Há ainda um programa de controle ppa melhor que o padrão disponibilizado pelo sistema. Ele pode ser obtido em
http://www.torque.net/~campbell .
Dispositivos em /dev (ou melhor, ligações para os programas de controle de dispositivos reais) podem não estar presentes. Verifique quais os dispositivos que correspondem ao mouse, modem e CD-ROM, devendo então serem executados os seguintes comandos:
~# cd /dev
/dev# ln -s /dev/cua0 mouse
/dev# ln -s /dev/cua1 modem
/dev# ln -s /dev/hdb cdrom
e, caso se queira compartilhar estes dispositivos entre todos os usuários, deve-se executar o comando chmod 666 para estes dispositivos (não nas ligações, mas sim nos dispositivos reais!). Em alguns portáteis o dispositivo do mouse é /dev/psaux, o que deve ser levado em consideração quando se estiver configurando o X11.
Além disso, pode-se tornar a unidade de disquete acessível aos usuários que não tenham privilégios de superusuário através do comando chmod 666 /dev/fd* . Isto pode trazer alguns problemas de segurança em sistemas utilizados por diversos usuários.
Caso se queira personalizar as mensagens de inicialização, deve-se verificar se o programa /etc/rc.d/rc.local atualiza os arquivos /etc/issue e /etc/motd. Caso este seja o caso, basta usar o editor de preferência nestes últimos.
Somente utilizar o comando hostname novo_nome pode não ser o suficiente. Para evitar o temido travamento do sendmail , devem ser seguidos os seguintes passos:
- editar o arquivo /etc/sysconfig/network e mudar o nome da máquina (por exemplo
novo_nome.domínio_local );
- editar o arquivo /etc/HOSTNAME adequadamente;
- anexar o novo nome da máquina na linha /etc/hosts:
127.0.0.1 localhost novo_nome.domínio_local
Os serviços de mouse disponibilizados pelo gpm são úteis para desempenhar o corte e a colagem de texto no modo tty e no uso do mouse em certos aplicativos. Deve-se verificar se há um arquivo chamado /etc/sysconfig/mouse onde se lê:
MOUSETYPE="Microsoft"
XEMU3=yes
Além disso, deve-se ter o arquivo /etc/rc.d/init.d/gpm. Claro que é necessário certificar-se que esta configuração está adequada para o tipo de mouse disponível. Note-se que em alguns portáteis o MOUSETYPE é igual a ``PS/2 ''.
Na distribuição Caldera, tudo que se deve fazer é acrescentar a seguinte linha ao arquivo /etc/rc.d/rc.boot:
/usr/bin/gpm
É conveniente ter à mão os pontos de montagem para a unidade de disquetes e outros dispositivos. Pode-se fazer por exemplo o seguinte:
~# cd /mnt
/# mkdir a: ; mkdir floppy ; mkdir cdrom ; mkdir win ; mkdir zip
Isto cria pontos de montagem para uma unidade de disquete MS-DOS, uma unidade de disquete ext2, o CD-ROM, a partição DOS e o dispositivo Zip de porta paralela.
Agora deve-se editar o arquivo /etc/fstab, acrescentando-se as seguintes entradas:
/dev/fd0 /mnt/a: msdos user, noauto 0 1
/dev/fd0 /mnt/floppy ext2 user, noauto 0 1
/dev/cdrom /mnt/cdrom iso9660 ro, user, noauto 0 1
/dev/sda4 /mnt/zip vfat user, noauto 0 1
/dev/hda1 /mnt/win vfat user, noauto 0 1
Obviamente, deve-se usar o dispositivo correto no primeiro campo. Para acessar as partições fat32, há uma atualização do kernel e das informações em
http://bmrc.berkeley.edu/people/chaffee/fat32.html .
Muitos usuários acessam o Linux e DOS/Windows em seus PCs e querem escolher na hora da inicialização qual sistema deve ser usado. Suponhamos que /dev/hda1 contenha DOS/Windows e que /dev/hda2 contenha Linux.
Para tanto deve-se executar o seguinte:
~# fdisk
Usando /dev/hda como dispositivo padrão!
Comando (m for help): a
Número da partição (1-4): 2
Comando (m for help):w
~#
Isto torna a partição Linux inicializável. Este passo deve ser feito através do parâmetro activate , quando se estiver executando o comando QuickInst do LILO, porém não funcionou muito bem com o meu Red Hat.
Pode-se então utilizar o seguinte arquivo /etc/lilo.conf:
boot = /dev/hda2
compact
delay = 50
# message = /boot/bootmesg.txt # a ser personalizada
root = current
image = /boot/vmlinuz # inicializa o linux por padrão
label = linux
other = /dev/hda1
table = /dev/hda
label = dos
Deve-se então executar o /sbin/lilo e tudo estará pronto. Sendo o lilo uma parte crucial da instalação, aconselha-se a leitura atenta da sua documentação.
Para inicializar o Linux a partir do DOS/Windows sem as alterações acima, deve-se colocar o executável LOADLIN.EXE em um diretório da partição DOS, incluído no caminho padrão do DOS; copiar-se o kernel, digamos, para C:\DOS\VMLINUZ e então o seguinte arquivo .BAT inicializará o Linux:
rem linux.bat
smartdrv /C
loadlin c:\dos\vmlinuz root=/dev/hda2 r
Caso se utilize o Windows 95, as propriedades deste .BAT devem ser definidas para que ele seja iniciado no modo MS-DOS.
Dica de Segurança
Deve ser feita uma cópia de segurança antes de se instalar o Linux. Pode ser usado o restorrb (incluído no pacote FIPS ) antes da instalação, ou pode ser usada a unidade de disquete de salvamento Linux e editado o seguinte comando:
rescue:~# dd if=/dev/hda of=MBR bs=512 count=1
devendo serem realizadas pelo menos duas cópias do arquivo MBR para a unidade de disquetes. Caso ocorra algum problema, será possível restaurar o antigo MBR, executando-se:
rescue:~# dd if=/mnt/MBR of=/dev/hda bs=446 count=1
presumindo-se que a unidade de disquetes contenha o MBR e esteja montada sob /mnt . Alternativamente pode ser usado um disquete de salvamento DOS executando-se FDISK /MBR .
As distribuições Red Hat e Caldera têm uma ferramenta de configuração chamada printtool . Caso não se utilize uma destas distribuições, a configuração manual é descrita a seguir.
Suponhamos que se tenha uma impressora sem PostScript, e que se queira usá-la para imprimir textos sem tratamento (como por exemplo arquivos de fonte C) e arquivos PostScript via Ghostscript, os quais presume-se, já estejam instalados.
A definição de uma impressora requer os seguintes passos:
- para descobrir qual é o dispositivo de impressão paralela pode-se tentar:
~# eco "alô, mundo" > /dev/lp0
~# eco "alô, mundo" > /dev/lp1
anotando-se aquele que funcionar corretamente.
- criar dois diretórios de serviços temporários de impressão, com os seguintes comandos :
~# cd /var/spool/lpd
/var/spool/lpd/# mkdir raw ; mkdir postscript
- caso a impressora apresente o "efeito escada" (a maioria das impressoras de jato de tinta o fazem), será necessário utilizar um filtro. Para verificar se este "efeito" está presente, deve-se imprimir duas linhas utilizando-se os seguintes comandos:
~# eco "primeira linha" > /dev/lp1 ; eco "segunda linha" > /dev/lp1
Caso a saída apresente o seguinte formato:
primeira linha
segunda linha
então o programa a seguir deve ser salvo como /var/spool/lpd/raw/filter:
#!/bin/sh
# Este filtro elimina o "efeito escada"
awk '{print $0, "\r"}'
Para torná-lo executável deve ser executado o seguinte comando chmod 755 /var/spool/lpd/raw/filter .
- pode-se compor um filtro para a emulação PostScript, através da confecção do seguinte conteúdo a ser salvo como /var/spool/lpd/postprograma/filter:
#!/bin/sh
DEVICE=djet500
RESOLUTION=300x300
PAPERSIZE=a4
SENDEOF=
nenscript -TUS -ZB -p- |
if [ "$DEVICE" = "PostScript" ]; then
cat -
else
gs -q -sDEVICE=$DEVICE \
-r$RESOLUTION \
-sPAPERSIZE=$PAPERSIZE \
-dNOPAUSE \
-dSAFER \
-sOutputFile=- -
fi
if [ "$SENDEOF" != "" ]; then
printf "\004"
fi
(neste exemplo presume-se o uso de uma impressora jato de tinta HP. Para servir a outras impressoras o filtro deverá ser adequadamente ajustado).
- finalmente, devem ser acrescentadas as seguintes entradas em /etc/printcap:
# /etc/printcap
lp|ps|PS|PostPrograma|djps:\
:sd=/var/spool/lpd/postprograma:\
:mx#0:\
:lp=/dev/lp1:\
:if=/var/spool/lpd/postprograma/filter:\
:sh:
raw:\
:sd=/var/spool/lpd/raw:\
:mx#0:\
:lp=/dev/lp1:\
:if=/var/spool/lpd/raw/filter:\
:sh:
Para a impressão com uma configuração mais complexa ou exótica, o COMO FAZER Impressão deve ser lido cuidadosamente.
Caso se use o printtool , deve-se estar atento para que o GSDEVICE escolhido pela ferramenta Imprimir funcionará, mas não necessariamente da melhor maneira para a impressora. A idéia de editar um pouco o arquivo postscript.cfg ; por exemplo deve ser levada em consideração. Mudamos o GSDEVICE de cdj500 para djet500 e agora a impressora funciona mais rapidamente.
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