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67. Discos de Inicialização e o Processo de Inicialização do Sistema
Um disco de inicialização é basicamente uma miniatura de um sistema completo, ou seja é um sistema Linux contido em um disquete. Ele deve executar muitas das funções que o sistema completo permite. Antes de tentar construir um, deve-se conhecer os conceitos básicos do processo de inicialização do sistema, apresentados a seguir, os quais são suficientes para o entendimento do restante deste documento. Alguns detalhes e opções foram omitidos por não serem significativos para o conteúdo deste documento.
67.1 O Processo de Inicialização
Todos os sistemas em microcomputadores começam o processo de inicialização executando o código existente na ROM (especificamente no BIOS
), para carregar o setor 0 do cilindro 0 do dispositivo de inicialização. O dispositivo de inicialização
é normalmente a primeira unidade de disquete (denominada
Caso o kernel do Linux tenha sido copiado fisicamente para um disquete, o primeiro setor do disco será o primeiro setor do kernel do Linux. O primeiro setor continuará o processo de inicialização, carregando o restante do kernel contido no dispositivo. Uma vez que o kernel tenha sido completamente carregado, ele executa alguma inicialização básica de dispositivos. Ele tenta carregar e montar o sistema de arquivos raiz a partir de algum dispositivo. Um sistema de arquivos raiz é simplesmente um sistema de arquivos montado como ``/''. Deve-se indicar para o kernel a localização do sistema de arquivos raiz; caso não seja encontrada uma imagem inicializável naquele local, o sistema é paralisado. Em algumas situações de início do sistema, freqüentemente na inicialização a partir de disquetes, o sistema de arquivos é montado em um disco em memória , o qual é acessado na memória RAM, como se fosse um disco físico. Há duas razões para o sistema ser carregado em discos em memória. Inicialmente, a memória RAM é muitas vezes mais rápida que um disquete, tornando a operação do sistema mais rápida, e segundo, o kernel do sistema pode ser armazenado como um sistema de arquivos compactados em um disquete, e descompactado no disco em memória, permitindo que muitos mais arquivos sejam armazenados no disquete. Uma vez que o sistema de arquivos raiz é montado, pode-se visualizar uma mensagem similar a:
VFS: Raiz montado (sistema de arquivos ext2) somente para leitura.
Neste momento o sistema encontra o programa
Este programa normalmente aciona diversos outros, tornando o processo de inicialização modular. Por exemplo, na estrutura comum do SysVinit, o diretório /etc/rc.d/ contém uma estrutura complexa de subdiretórios, cujos arquivos definem como iniciar e desligar a maior parte dos serviços do sistema. De qualquer forma, um programa sysinit em um disco de inicialização é normalmente muito simples. Quando o programa sysinit termina, o controle retorna ao
67.2 Tipos de DiscosApós a revisão do processo básico de inicialização, podemos agora definir diversos tipos de discos envolvidos. Podemos classificar os discos em quatro tipos. A discussão aqui contida e através de todo o documento do uso do termo disco refere-se a disquetes, a menos que seja especificado o contrário, observando-se que na verdade, o conceito pode ser aplicado sem distinção a discos rígidos.
Em geral, quando falamos de "construir um disco de inicialização" significa a criação das funções de carga do kernel e do sistema de arquivos raiz. Elas podem estar juntas (em um único disco de inicialização e raiz) ou separados (disco de inicialização e disco raiz). A abordagem mais flexível para discos de emergência é provavelmente usar disquetes separados, e um ou mais disquetes de utilitários para gerenciar o que não foi possível colocar nos primeiros.
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